Monthly Archives: March 2016
Escrita Escrota
doída e duvidosa gozo e desgosto nasce no peito e jorra poesia, heresia me salga em maresia me seca por dentro sai de mim inverossímel olha no meu olho e não reconheço me estica o lábio e entorta … Continue reading
Quando ele quebrou as rodinhas da minha Anacleta, ele quebrou também a minha infância.
Cinco pratos na mesa da família de quatro pessoas: três de plástico e dois de vidro. O suco sabor roxo já estava servido, dosagem perfeita para nenhuma criança exagerar e ficar da cor do corante. O Roger que me contou, … Continue reading
Estava vermelho, mesmo assim, atravessei.
Os corpos, um do lado do outro, só se encontram no infinito. O braço marca no travesseiro um cafuné mecânico e insinua o carinho que não sabe mais dar e nunca mais vai receber. O meu despertador toca. O do … Continue reading
O menininho
O menininho sentiu a luzinha no olho e esfregou as janelinhas da cara com as duas mãozinhas. Esfregou, esfregou e escorreu uma lagriminha. O menininho foi empurrado por outro menininho que também queria ser transformado em pintura por aquela caixinha … Continue reading