Selinho na rainha

Duas loiras, duas novinhas.
Quando a Hebe deu um beijo na rainha nem o Silvio nem jogava aviãozinho ainda.
A Hebe
– gracinha –
veio sozinha da terra do sol só pra ver a majestade, ainda princesinha.
Juntinhas cruzaram o rio, comeram um peixinho, entraram no museu e subiram o relógio para dar uma badaladas.
Nem o guardinha, nem o rei, nem aquela bandinha da moda, ninguem viu nadinha.
A rainha queria revolução,
queria mais,
queria que seu reino fosse o mundo,
queria ser o mundo,
a rainha sabia que ia ficar velhinha e que nunca mais ia poder fazer loucurinhas com a amiguinha,
sabia que seu destino seria beber cházinho e ser vózinha.
Pelo povo,
pelos Tudors,
pelas rosas,
pelas guerras,
pelo palácio,
quando o ponterinho grande e o ponterinho pequeno se encontraram,
a rainha robou um selinho da amiga.
A rainha vive hoje sozinha, mas lembra com carinho do beijinho da gracinha.
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