Monthly Archives: November 2018
Minha palavra é suja de sangue Mas não desse sangue limpo Vermelho De veia furada a todo vapor É sangue que acumula Que hiberna E é expelido na falta De ser fecundado Meu verso é aborto Morre na … Continue reading
O cigarro
Estava ainda Aceso Quando você Me jogou No chão E nem Fez questão De pisar
Quando você chegou
Com as suas cicatrizes Pensei comigo Nunca vi um homem Com tantas cicatrizes Pensei até Nunca vi ninguém Com tantas cicatrizes Mas você se apresentou E me apresentou Cada uma delas A primeira foi de briga Uma dessas … Continue reading
A gente devia
é ser poesia Devia morar no mesmo verso A gente devia ser soneto Mas palavra distante Não rima A gente devia é ser parente De comer todo domingo junto A gente devia é ser primo Mas nosso … Continue reading
o foda da poesia
é que ela dói dói mais do que palavra dói tanto que nem verso pra virar a dor chove por dentro venta no peito molha no olho e pinga uma só rima dessas clichê só pra dizer “o pior já … Continue reading
O melhor presente
pra se dar é um livro de receita com uma xícara de si uma tarde sem salgar um bolo com mel sem nozes o melhor presente para se dar é um livro de receitas para você
Sêxtase
Eu já gostei das sextas Hoje me cansa Quando aqui dentro Começa a gritar “É sexta!” Me dói o estômago E o coração De cada brinde Em vão