Minha palavra é suja de sangue

Mas não desse sangue limpo

Vermelho

De veia furada a todo vapor

 

É sangue que acumula

Que hiberna

E é expelido na falta

De ser fecundado

 

Meu verso é aborto

Morre na metade

Dá pena e raiva

Fede e dá nojo

 

Minha poesia

É hormonal

Como uma histeria

Que a gente ignora

 

Não é natureza

Mas é natural

De raiz

E alma

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