ilusão. encontro. satisfação.
um passado de amores confusos e confundidos. de poesias que, de tão vazias, se encaixaram em qualquer um. presente forte e antigo, reencontro de um nós que nunca existiu nessa existencia – e talvez nem exista. talvez. talvez. uma falsa esperança de quem adora se mergulhar em mares rasos, que tem medo da água salgada, por mais que seja a sua casa. que fica na areia, vendo as curvas de espuma que tentam laçar seus pés e te convidar pra dançar. talvez. talvez. quando a onda vai, aparece a concha. a gente se admira. é grande e tem cor de poesia. então se abaixa pensando em pegar. talvez. talvez. outra onda vem. leva embora o que tanto estava inspirando e a gente então se arrepende de não ter a guarado pra si. aliás, outro dia achei uma conchinha na bolsa, meio rosa e meio branca. lembrei de você. essa cor meio rosa e meio branca. de um encontro, reencontro. o primeiro de muitos que não existiram. talvez. talvez. que quase virou sim. pensei que fosse a satisfação, era mais uma ilusão.