Author Archives: tataescreve
Quando você chegou
Com as suas cicatrizes Pensei comigo Nunca vi um homem Com tantas cicatrizes Pensei até Nunca vi ninguém Com tantas cicatrizes Mas você se apresentou E me apresentou Cada uma delas A primeira foi de briga Uma dessas … Continue reading
A gente devia
é ser poesia Devia morar no mesmo verso A gente devia ser soneto Mas palavra distante Não rima A gente devia é ser parente De comer todo domingo junto A gente devia é ser primo Mas nosso … Continue reading
o foda da poesia
é que ela dói dói mais do que palavra dói tanto que nem verso pra virar a dor chove por dentro venta no peito molha no olho e pinga uma só rima dessas clichê só pra dizer “o pior já … Continue reading
O melhor presente
pra se dar é um livro de receita com uma xícara de si uma tarde sem salgar um bolo com mel sem nozes o melhor presente para se dar é um livro de receitas para você
Sêxtase
Eu já gostei das sextas Hoje me cansa Quando aqui dentro Começa a gritar “É sexta!” Me dói o estômago E o coração De cada brinde Em vão
Ê meu nego
Ê meu nego, De olhos negros E olhar vermelho Não deixa o meu desviar Ê meu nego, De amor louco E vida intensa Tira a minha do lugar Ê meu nego, Que gosta de rock Sente meu gosto E me … Continue reading
É ruim
É fraco É de doer Nem é poema É piada É porrada É porra Nem sei porque escreve Nem sei como sai Mas sai Jorra Atinge Até tem gente Que finge Que gosta Mas no fundo sabe Que é tudo … Continue reading
Certas canções que ouço
Às vezes passo por momentos em que não me entendo e numa canção tudo se traduz Escuto O ritmo Repito Melodia Métrica Voz Me entra O ciclo A verdade Esgoto o nota O harpejo O sentimento O sentido Aí soluço … Continue reading
É rosa mas é vermelha
É gente mas, nos olhos de outra gente, é bicho É nova mas traz o riso de quem já viveu muito Uma só mas leva em si outras tantas De carne e osso mas gira e dança como se o … Continue reading
Eu sempre tive esse defeito
De falar na hora de calar e soltar o verbo preso na corrente. De dar abraço a quem me trocou o descaso. De me preocupar com o pouco e negar o muito. De ter o olho junto e os dedos … Continue reading